Personalidades sociais-democratas, do passado e do presente, são abordadas neste livro, que conta com o prefácio de Eduardo de Oliveira Fernandes, Professor Emérito da Universidade Nova. Este livro é uma obra poliédrica, eclética, surpreendente e humana, iluminada e luminosa. Representa não apenas um relato de vida intensamente vivida, mas também uma vida em si mesma. Assim como para Gabriel Garcia Márquez, viver é também "recordar e a própria maneira como se recorda", este livro reflete a certeza do rumo de António Vilar. Ao longo de sua vida, António Vilar resistiu a inúmeras facetas de expressão social, mantendo-se fiel ao seu rumo, carregando consigo o seu conhecimento e inteligência. Nas suas opções, travagens, arranques ou desvios, António Vilar nunca serviu nenhum senhor, pois ele não tem dono. Sobre Pedro Passos Coelho, algumas reflexões são compartilhadas: "É, na minha perspetiva, da extrema-direita inconsciente, na sua alegre inconsciência. Falta-lhe sabedoria, substância, lastro político. Tem um discurso redondo, à volta de algumas crenças. Não tem mundo. É daqueles que confundem o mapa com a estrada. Reconheço, porém, que é corajoso, combativo. Segue, enquanto Primeiro-Ministro, o mapa que lhe puseram na frente, o da 'Troika', decerto bem intencionado, mas sem horizontes, sem futuro para Portugal." Quanto a Marcelo Rebelo de Sousa, é descrito como um genial animador da vida política, um grande 'discojockey' no espetáculo que ela também é. António Vilar considera-o o melhor candidato de centro-direita às próximas eleições presidenciais e destaca que nunca deixa de ouvir o que ele diz, mas nunca o ouve apenas a ele.